O trauma no pronto-Socorro infantil

O trauma é a principal causa de morte das crianças e a segunda maior causa de morbidade, depois da infeção. As fraturas são responsáveis por cerca de 15% de todas as lesões em crianças.

As lesões das crianças não diferem apenas dos adultos, elas também variam dependendo da idade. Bebês, crianças e adolescentes experimentam diferentes lesões. A apreciação dessas diferenças é essencial para o oferecimento do tratamento ideal.

Estatísticas

Os meninos lecionam-se mais comumente que as meninas. As lesões aumentam em frequência com o avanço da idade durante a infância. Cerca de metade dos meninos e um quarto das meninas têm uma fratura na infância. As fraturas se tornam mais comuns à medida que as atividades esportivas aumentam. O punho é o local afetado com mais frequência e a idade afeta o padrão da lesão.
Fisiologia

O sistema musculoesquelético e muito diferente do adulto, motivo pelo qual as fraturas também são diferentes. Essas diferenças diminuem gradualmente com a idade, de modo que as fraturas dos adolescentes são muito semelhantes das do adulto.

Placa de Crescimento

Essa estrutura é a diferença mais óbvia entre o osso de criança e do adulto. Nos bebês essa estrutura é mais forte que o próprio osso. É por essa região que o osso cresce e ajuda a remodelar as fraturas com desvios. E também se essa região é atingida por um trauma pode ser causa de deformidade por lesão das células responsáveis pelo crescimento longitudinal do osso.

Na imagem acima vemos apontado com setas as regiões de crescimento ósseo chamadas placas de crescimento, que desaparecem no osso do adulto

Periósteo

Essa estrutura é um invólucro do osso que contribui até com um terço de sua nutrição e nas crianças é muito ativo, contribuindo para a cicatrização óssea mais rápida que os adultos.

Lesões da fise (placa de crescimento)

Essas lesões são responsáveis por um quarto de todas as fraturas da infância. São mais comuns nos meninos, no membro superior e na infância. Essas fraturas são de grande importância pois podem afetar o crescimento e o potencial de remodelação das fraturas.

A maioria das lesões fisárias cura rapidamente e remodela-se por completo, mas uma porcentagem pequena pode formar uma ponte óssea que deforma o osso conforme o crescimento e necessita muitas vezes da intervenção do cirurgião ortopédico pediátrico, especialista nessas complicações.

Wilson Lino Junior